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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Respeitosamente quem escreve aqui é a Professora de Educação Física – Cristina Sutil – de Otacílio Costa.
Dizem que uma boa conversa vai longe. Que um bom papo puxa outro. E uma boa escrita, tece muitos comentários (ensinamento de uma professora que tive). Que tal refletirmos sobre a célebre frase de Abrahan Lincoln: “Podeis enganar toda a gente durante certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente.” Com esta prerrogativa não podemos ignorar o momento que estamos vivendo. O futuro está sendo arquitetado agora. Então desta vez não poderemos repetir os mesmos erros, não poderemos mais nos iludir com as falsas promessas ou com mentiras funcionais, aquelas que mitigam os conflitos, mas não curam as feridas da humanidade. Vale lembrar que o homem age intencionalmente. Logicamente motivado. Temos vontades, necessidades e impulsos. Temos atitude em tudo o que fazemos. Até mesmo quando pensamos que não estamos tendo atitude. Por estes motivos e outros não citados aqui, somos intenção naquilo que fazemos. Neste momento meu desejo é o de escrever. Tomara que meus pensamentos não me traiam. Escrevo estimulada pelo (des) estímulo em ser professor na atualidade. Escolhemos esta profissão. Isto não é um desalinho. Quando decidimos fazer um curso de licenciatura, optamos pela nobreza desta profissão. O presente vivido nunca foi tão propício ao descortinamento das mazelas vividas pelos professores, do caos instalado desde outrora na educação, por isso me arrisco. É de berço. Aprendi com meus pais, que podemos nos sentir algumas vezes diminuídos, mas nunca se deixar abater moralmente. As escolas públicas que tive me ensinaram que não podemos ser manipulados pelas estruturas dominantes. Ficar inertes. Não podemos silenciar como o rochedo que viu o mar engolindo o barco… Temos que pensar por nós mesmos, sem esquecer ou banalizar nossas origens. O que percebo é que está faltando rigor e ética e sobrando incompetência nos discursos panfletários de políticos que nunca se preocuparam com a educação. E a educação é tudo! Mas, agora submeto meu pensamento a um trocadilho: Qual é mesmo a formação da maioria dos governantes deste país. Conheço poucos cientistas políticos. A educação é falácia, quase um coro nas campanhas eleitorais. Passado isto não é prioridade, nunca foi. Países de alto grau de desenvolvimento econômico investem na educação, na ciência e na tecnologia. Países que não tem a educação como prioridade aprenderam sorrateiramente desviar o dinheiro público. Quanta desigualdade, trabalhar o ano todo para receber R$ 25.935,08 e se dar conta que este é o salário mensal de um governante desse país. E aqueles que vivem à margem? Não podemos ignorar estas condições. Os governos não podem nos ignorar. Que lição mal feita essa! Afinal o que nós, professores representamos para a sociedade? Muitas vezes a mídia insinua sobre os culpados da educação. Mas depende somente dos professores o sucesso e o fracasso/da educação brasileira? Qual é a nossa produção na sociedade? Ou melhor, qual é o produto da educação das pessoas? Não somos a máquina, no entanto, fomos nós que fizemos as máquinas. Por que estamos sendo tão penalizados? Por que os governos continuam mascarando a realidade? Por que o nosso movimento grevista não teve repercussão nos meios de comunicação a nível nacional ainda? Outros Estados brasileiros e professores estão nesta mesma função. É incontestável a relação que existe entre a educação e a economia de um país. Só se faz educação com pessoas e para as pessoas. Os maneirismos e as arbitrariedades são descabidos para quem quer agir com zelo. Para que servem as escolas? As escolas não podem mais ser lembradas simplesmente pelo giz, pelo quadro-negro, pelas cadeiras enfileiradas, não são os professores os vilões da história. E o processo de desenvolvimento humano? O que os governos nos ensinam após se reunirem com suas bases aliadas? Que conhecimentos são transmitidos e produzidos, que valores estão tentando incorporar? Quem se preocupa com os professores? São tantos os questionamentos. Pois, é. A era é do conhecimento, mas a humanidade não está apta a experimentar a evidente realidade do consumismo desmedido e dos imediatismos nas relações humanas. A educação é tarefa complexa, as pessoas são complexas. O que podemos antever diante dessa situação? As relações humanas precisam ser afetivas, de respeito e não interesseiras. Estamos apostando em um novo tempo, apesar do perigo… Estamos esperançosos como Paulo Freire que morreu acreditando em uma educação libertadora, sem opressões, sem pessoas oprimidas. Quando esta grande nuvem cinza de dúvidas e insatisfações passar vamos nos lembrar de tudo isso. Existirão muitos significados para todos aqueles que lutaram com dignidade. Já não somos mais os mesmos. Repito, não vale mais ser como o rochedo que silenciou após ter presenciado o mar engolir o barco. A história é outra. Os heróis serão outros. Para finalizar mais uma dele: “Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.” (A. Lincoln). Professora Cristina Sutil





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