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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Educaçao de SC vai mal

5 de junho de 2011
A educação pública estadual catarinense vai mal. Não apenas pelos dramáticos depoimentos dos professores, em função dos baixos salários. Também pela falta de gestão pública, da ausência de instalações adequadas, da desmotivação dos educadores, da inexistência de políticas públicas.
Santa Catarina espera que a próxima semana seja marcada pelo fim das negociações entre governo e magistério, o término da greve e o retorno às aulas.
O ensino estadual de Santa Catarina está doente. No passado, a escola era o templo do aprendizado, da disciplina, do respeito, da busca de novos conhecimentos, do aperfeiçoamento nas relações humanas, da atualização constante, instrumentada por ferramentas e tecnologias. Se isto ocorre hoje em muitas escolas particulares, deixou de existir nas escolas estaduais. Quem viaja pelo interior testemunha a distância entre o nível de ensino, o espaço físico, o capricho e o padrão pedagógico das escolas municipais, incomparavelmente melhores do que as estaduais.
A greve produziu pela primeira vez um debate amplo, rico e revelador sobre as condições em que professores tentam exercer dignamente sua vocação. Homens e mulheres que sonharam em alfabetizar, educar e transformar crianças e jovens em cidadãos, sofrendo na escola com a violência e a indisciplina das novas gerações e tendo em casa o infortúnio e o desespero de não poder dar o mínimo conforto à família.
Lamentável é constatar que a culpa está nos governos, sim, que não executaram uma política participativa na educação, que tiraram proveito político-eleitoral da estrutura existente e que se omitiram diante de verdadeiras calamidades.

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